Desemprego recua a 7,8% no trimestre, o menor taxa desde fevereiro de 2015, diz IBGE

A taxa média de desemprego no Brasil caiu a 7,8% no trimestre móvel encerrado em agosto, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira, 29 de setembro. Esse é o menor índice desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando foi de 7,5%.

O número veio em linha com a mediana das projeções colhidas pelo Valor Data junto a 30 consultorias e instituições financeiras, que esperavam um desemprego de 7,8%, com intervalo de estimativas entre 7,7% e 7,9%.

O indicador teve uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, de março a maio de 2023. Na comparação com o mesmo período de 2022, a taxa de desocupação caiu 1,1 p.p.

Ainda de acordo com o IBGE, o contingente de pessoas desocupadas foi de 8,4 milhões no trimestre. Esse é o menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em junho de 2015, quando foi de 8,5 milhões.

Esse número representa uma queda de 5,9% na comparação com o trimestre encerrado em maio de 2023, no qual havia mais 528 mil pessoas desocupadas no país. Na comparação anual, a queda é ainda maior, de 13,2%. No trimestre encerrado em agosto, portanto, há menos 1,3 milhão de pessoas desocupadas do que no mesmo período de 2022.

A população ocupada, segundo o IBGE, chegou a 99,7 milhões, um crescimento de 1,3% (ou 1,3 milhão de pessoas) na comparação trimestral. Também houve um aumento, de 0,6%, ou seja, mais 641 mil pessoas, na comparação contra o mesmo trimestre do ano passado. Assim, o nível da ocupação foi estimado em 57%.

A população subocupada, ou seja, que teve insuficiência de horas trabalhadas aumentou 3,9%, um total de 199 mil pessoas, no trimestre e chegou a 5,3 milhões. O número, no entanto, representa uma queda de 17,3% (ou 1,1 milhão de pessoas) no ano.

Já a população fora da força de trabalho, segundo o IBGE, foi de 66,8 milhões, uma queda de 0,5% ante o trimestre anterior e a alta de 3,4% na base anual.

Segundo o IBGE, no trimestre móvel encerrado em agosto houve uma expansão na quantidade de trabalhadores tanto no segmento formal, com carteira assinada, quanto no informal.

A Pnad mostrou que o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) foi de 37,248 milhões. Esse é o maior contingente desde fevereiro de 2015, quando 37,288 milhões de brasileiros tinham empregos de carteira assinada.

Segundo o IBGE, o número mostra uma alta de 1,1% na comparação trimestral e de 3,5% na base anual.

Já o número de empregados sem carteira no setor privado também cresceu, chegando a 13,2 milhões, o que significa um aumento de 2,1% no trimestre e uma estabilidade na comparação anual.

O rendimento real do trimestre encerrado em agosto ficou em R$ 2.947, o que mostra uma estabilidade ante o trimestre anterior. No ano, esse valor mostrou um crescimento de 4,6%.

A massa de rendimento real habitual, no entanto, chegou a R$ 288,9 bilhões e, segundo o IBGE, esse é o recorde da série histórica, com alta de 2,4% frente ao trimestre anterior e de 5,5% na comparação anual.

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